Se não ta rendendo, melhor não insistir
Tem dias que tudo que tentamos fazer, simplesmente não flui, nessas horas, é melhor respirar fundo e deixar para outra hora. Diariamente, somos cobrados a estar sempre sendo produtivos, seja no trabalho, na sociedade, em nossa vida pessoal. Porém, por mais que a gente queira, as vezes nossa energia parece estar descarregada, sentimos uma desmotivação por N motivos, ou, quem sabe, por motivo algum específico, o que não deixa de ser motivo.
Trabalhamos para atender um objetivo, uma meta; temos que praticar atividade física e comer bem; é necessário estar com alguém amorosamente falando, termos uma boa relação com a família e ainda, estar rodeado de pessoas para mostrar que temos capacidade de interação social saudável; tudo pelo nosso bem-estar. Mas, e quando nossa mente, nosso corpo, pede exatamente o contrário disso tudo? Bem, penso eu que talvez seja o momento de nos ouvirmos e nos cuidarmos, respeitar o nosso ritmo.
Nosso corpo é fonte de recepção e transmissão de energias e, nem sempre, são energias tão positivas assim. Podemos estar doentes, chateados com alguma situação ou pessoa, termos recebido uma notícia não tão boa, qualquer coisa pode ser um fator predominante o suficiente para deixarmos de render como o esperado, e nessas horas, talvez seja melhor silenciar, seguir o seu ritmo e não mais o esperado por outras pessoas.
Cada um sabe as dores que carrega, o peso do que está sentindo, e, é muito individual também a forma como lidar com tudo isso. Eu por exemplo, gosto de ficar quietinha, de preferência, interagir apenas o necessário com outras pessoas, tomar um bom banho, pisar no chão de pés descalços, ouvir o barulho do mar, tomar um vinho, ouvir músicas tristes, assistir filmes e séries ou documentários (de preferência que não sejam dramas), fazer meditação, entrar em contato com Deus, ler algum livro, brincar com meus gatos, e cozinhar... fazer tudo isso me acalma, reconecta e recarrega o necessário para voltar à normalidade que é comum pra mim, mas, ainda assim, sem muitas cobranças.
Tentar entender e se permitir sentir seja o que estiver sentindo, faz parte do processo de auto-aceitação, auto-cuidado. Acredito muito na importância de percebermos que não somos máquinas e que ciclicamente, estaremos sendo afetados pelo meio externo e que tudo certo ser assim, desde que a gente cuide previamente disso, pois, caso contrário, poderemos entrar em uma onda frustrações e desinteresse pela vida, que pode nos levar a adoecermos ainda mais, em níveis cada vez mais complexos e profundos.
Somos uma geração de pessoas com pressa, não conseguimos parar para prestar atenção no que nossos sentidos estão tentando dizer, vamos acumulando vibrações negativas e cada vez mais, definhando. Precisamos viajar mais e conhecer outras culturas, precisamos fazer terapia para auxiliar nesse processo de aceitação e de como lidar com um turbilhão de sensações e energia. Mas e se não der? Bem, necessitamos lutar e saber o que nos motiva, parar de insistir no que não está rolando, porque simplesmente, não vai rolar. Correr atrás e dar o nosso melhor quando estivermos prontos para isso, porque por mais que a gente saiba que o tempo não vai parar para termos tempo de ficar bem, o mundo vai continuar girando e nos dando as melhores oportunidades para quando pudermos nos jogar e oferecer o nosso melhor. Entao, se não tá rendendo, melhor não insistir!
Cuidar do nosso corpo, da nossa mente, da nossa fé, é a melhor coisa que podemos fazer por nós mesmos, pois se nem a gente fizer isso por si, quem será obrigado a fazer por nós? E estando revigorados, ninguém irá nos vencer, ninguém se apropiara de nós. E é fácil fazer isso? Não mesmo, mas precisamos ao menos tentar... fiquem bem, ta? Xero!
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